A Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Niterói entregou, na tarde de ontem, ao secretário municipal de Saúde, Alkamir Issa, o "Relatório de Vistoria às Unidades de Rede Municipal de Saúde". O objetivo da vistoria foi levantar a real situação da saúde no município, para, futuramente, cobrar medidas do Executivo, garante o vereador Felipe Peixoto (PDT), que preside a comissão.
A Comissão, que ainda é composta pelos vereadores Gesilvaldo Ribeiro, o Renatinho (PSOL), e Emanuel Rocha (PT), percorreu 63 unidades de saúde, dentre hospitais, policlínicas, serviços de pronto atendimento e do Programa Saúde da Família, entre os dias 21 de janeiro e 26 de fevereiro.
Os parlamentares avaliaram as condições físicas das unidades, contemplando questões como atendimento aos usuários, número de funcionários, médicos, informatização e oferecimento de exames. Os vereadores também fizeram um levantamento da disponibilidade de medicamentos.
A comissão dividiu os problemas em quatro grupos: sem observação, com poucas observações, com muitas observações e com urgência. Dentro desta classificação, quatro unidades não tiveram observações, 37 apresentaram poucas observações, 12 tiveram muitas observações e 10 estão em situação de urgência.
As classificadas como urgência, estão os hospitais Orêncio de Freitas, no Barreto; e Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, no Fonseca; as unidades do Programa Médico de Família no Morro do Preventório e do Viradouro; a Policlínica Comunitária da Ilha da Conceição; as policlínicas especializadas Malu Sampayo e Sylvio Picanço, ambas no Centro; as unidades básicas do Barreto, e do Tibau, em Piratininga; e a Unidade Municipal de Urgência Mário Monteiro, na Região Oceânica.
Dentre as questões mais graves levantadas pela comissão está o Centro Cirúrgico do Getulinho, que está fechado por problemas no telhado; o desuso de uma ala inteira no Orêncio de Freitas, desde a municipalização da unidade, e a redução no número de cirugias realizadas. Já a Unidade Municipal de Urgência Mário Monteiro, apresentaria muitos problemas na estrutura do prédio.
Outra questão que chamou bastante a atenção dos legisladores foi a ausência de especialistas nas policlínicas do Cantagalo e do Caramujo, criadas no fim do ano passado. Segundo os vereadores, a unidade continua funcionando apenas com clínicos gerais. Os parlamentares levantaram também que há falta de medicamentos em muitas unidades, há cerca de seis meses.
O secretário Alkamir Issa parabenizou o trabalho dos vereadores e afirmou que o levantamento é fidedigno, mas pediu paciência e tempo aos parlamentares para resolver as questões.
"Concordamos com 99% do que foi levantado pela comissão. Já tínhamos conhecimento de tudo isso, mas pegamos a secretaria com muitos problemas e dívidas. Vamos discutir as questões urgentes e resolvê-las. A compra de medicamentos, por exemplo, já foi empenhada e eles devem ser entregues até o fim do mês. Vamos iniciar as obras no Getulinho o mais rápido possível", prometeu o secretário.
Willian Chaves com informações da Assessoria da Câmara e de O Fluminense
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