As eleições do sistema
Confea/CREAs acontecem em 19 de novembro em todo país. No Rio de Janeiro, a
disputa envolve quatro candidaturas sendo que duas candidaturas foram indeferidas pela
Comissão Eleitoral Federal. Dos principais candidatos, apenas Arciley Alves
Pinheiro, permanece na disputa para comandar o Conselho nos próximos anos.
Cerca de sete mil engenheiros e técnicos que atuam no Estado do Rio nas mais
diversas áreas devem participar do pleito.
A campanha para a presidência da
entidade vem ganhando contornos mais radicais a ponto do Sindicato dos
Servidores das Autarquias de Fiscalização Profissional e Entidades Coligadas no
Estado do Rio de Janeiro – o Sinsafispro/RJ divulgar uma nota de repúdio às
declarações de um candidato a respeito de servidores da área de atendimento do
CREA/RJ.
A nota repudia várias declarações
do candidato que, de acordo com o Sindicato, “insinua que os colegas de
atendimento restringem e criam dificuldades no balcão de atendimento” e ainda
lembra que durante a gestão do então candidato que tenta voltar à presidência
da entidade o que se via era “uma longa fila de espera para os profissionais”
onde na sua gestão a emissão de documentos poderia levar “até 12 meses para
ficarem prontos”. O Sinsafispro ainda acusa o candidato de tentativa de
privatização dos Conselhos e de tratar a “coisa pública como privada”.
Confira a nota na íntegra
publicada pelo Sinsafispro:
NOTA DE APOIO
AOS SERVIDORES E SERVIDORAS DO ATENDIMENTO DO CREA-RJ
O Sinsafispro-RJ – Sindicato dos Servidores das Autarquias de Fiscalização Profissional no Rio de Janeiro, no estrito cumprimento do seu dever estatutário de lutar pelos interesses gerais da categoria que representa, tendo em vista o teor da mensagem postada em rede social (Facebook) pelo candidato à presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Engº Reynaldo Barros, vem à publico manifestar sua indignação e repúdio pela forma como foram tratados, ainda que indiretamente, os servidores e servidoras da área de Atendimento do órgão.
Em que pese as afirmações do candidato de que “Não há mais espaço para organizações cartoriais, carimbadoras de papel, que restringem e criam dificuldades no balcão de atendimento”; e ainda, que “Não há mais espaço sequer pra balcão”, consideramos as suas considerações pejorativas aos colegas do Atendimento, praticamente chamando-os de carimbadores. Aliás, vai além: insinua que os colegas do Atendimento restringem e criam dificuldades no balcão de atendimento (que nós chamamos de birôs).
Ora, o Sr. Reynaldo Barros foi Presidente do Crea-RJ por dois mandatos (gestão 2003/2005 e gestão 2006/2008) e não temos lembrança de que os mencionados “balcões” tenham sido removidos ou modificados para um atendimento “full time”, como o candidato anuncia agora.
O que houve no segundo mandato do Sr. Reynaldo Barros foi uma longa fila de espera para os profissionais receberem a nova carteirinha de identidade, pois em virtude do tal Recadastramento, tais documentos passaram a ser confeccionados em Brasília, e não mais pelos Creas. Ou seja, os documentos levavam, naquele momento de sua gestão, até 12 meses para ficarem prontos (até mais!).
Filas e tempo de espera são comuns em todos os órgãos da administração pública, direta ou indireta - e não foi diferente na gestão do então Presidente Reynaldo Barros. Os colegas do Atendimento são, como todos sabemos, executores da política implantada pela alta administração e, portanto, não pode recair sobre suas cabeças a espada da burocracia de qualquer gestão, pois são os dirigentes que determinam, a partir das resoluções baixadas pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), as regras do negócio dos Conselhos Regionais.
Outro ponto que merece reflexão é sobre a afirmativa do candidato de que a tecnologia tem que ser aplicada em qualquer processo de trabalho. Ora, temos que concordar piamente nisso... Mas então porque durante os seis anos que ficou à frente do Crea-RJ não otimizou os seus sistemas, não melhorou a Tecnologia de Informação? Sempre entendemos o Crea-RJ como a Casa da Tecnologia, que congrega profissionais dos mais diversos segmentos da tecnologia, porém por muito tempo o Conselho ficou refém de um sistema corporativo lento, mal dimensionado e que causava bastantes aborrecimentos aos profissionais e empresas que demandavam os serviços da autarquia (e, é claro, também aos atendentes). Hoje, esse sistema mudou e o Portal oferece vários serviços atualmente.
Para finalizar, o que se percebeu durante a sua gestão (e que também se vislumbra agora) é que o candidato Reynaldo Barros quer tratar a coisa pública como privada, como fez nos seus dois mandatos. E isso não deu certo antes, pois denunciamos várias vezes, como sindicato e federação (Fenasera) a tentativa da privatização dos Conselhos por uma parcela dos seus gestores, o que foi bem recebido pelo Supremo Tribunal Federal em julgamento da Adin 1717.
Nosso apoio incondicional aos colegas servidores e servidoras do Atendimento do Crea-RJ, nas suas diversas Unidades.
RIO DE JANEIRO, 17/09/2014.DIREÇÃO DO SINSAFISPRO
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