O vereador Carlos Macedo retornou ao plenário da Câmara Municipal de Niterói, após ganhar na Justiça a liberação para retomar o mandato. Macedo ficou quase dois anos afastado do cargo. Ele é acusado de ser o mandante do assassinato do vereador Lúcio do Nevada, em outubro de 2012.
Carlos Macedo entrou pela frente do plenário por volta das 18h, pouco tempo depois de o vereador e presidente interino da Casa, Luiz Carlos Gallo, dar por encerrada a sessão por falta de inscrição dos parlamentares .
Macedo cumprimentou os vereadores presentes, sob os olhares atentos de quem acompanhava a sessão do plenário. Com a Câmara em silêncio, o vereador se dirigiu à tribuna e discursou por quase quarenta minutos sobre as acusações que sofreu.
“Uso esta tribuna hoje (ontem), depois de praticamente dois anos afastado, não para destilar sentimentos de vingança a quem quer que seja. O fato é que quero externar aos colegas vereadores, e faço isso hoje, por não ter tido tempo de fazer antes, quando fui retirado desta Câmara abruptamente”, disse o vereador.
Carlos Macedo disse ainda que durante esse tempo foi alvo de “inverdades e distorções”.
“Vossas excelências que estão aqui hoje não têm noção da tristeza, do mal que isso causou a mim e à minha família”.
Falando sobre o seu quadro de saúde e fazendo referências religiosas, o vereador disse que sua família está abalada.
“Morro diariamente. Eu e minha família. Não tenho participação alguma no que aconteceu com o Lúcio”, frisou.
O vereador e líder do Psol na Câmara, Paulo Eduardo Gomes, se solidarizou com Macedo e disse que torce para que a Justiça prove que ele seja inocente.
“Hoje é um dia especial. Esse dia é muito importante. Espero que a Justiça faça a sua parte lá e torço para que nos convença de que é inocente. Mas aqui vamos debater as questões que nos envolvem”, disse, referindo-se à reabertura do processo de cassação.
Logo após, Carlos Macedo voltou ao plenário, irritado, e, em tom agressivo acusou Paulo Eduardo de dizer no Facebook que vai cassá-lo.
O Fluminense
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